terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Erro meu


- É que as vezes bate aquele arrependimento, sabe?
Fico com a sensação de que fiz alguma coisa errada.
Ai eu tento fazer algo novo, algo inusitado, diferente...
Porém...
(pausa na respiração)
Eu volto a acreditar que não sirvo pra essa época.
Devo ter vindo com defeito de fábrica, sabe?

-Como assim?

-Isso tudo que vivemos, ou achamos viver. Eu acredito demais em algumas coisas que várias outras pessoas parecem não acreditar.
E nem aceitar. Não sei.
O erro deve ser mesmo meu. O que você acha?

-Não sei, me fale mais sobre você...

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Panorama


     As refeições estão cada vez mais rápidas, menos saudáveis e mais calóricas. Os banhos estão cada vez mais rápidos, menos quentes e menos relaxantes. As noites de sono cada vez menores, as camas mais cheias de formigas e menos aconchegantes. As refeições estão mais rápidas por causa do tempo e por causa do preço e o sono cada vez menor por conta das preocupações. Pré ocupar-se significa dizer ocupar-se anteriormente a uma situação sem a conhecer por inteiro, por tanto, quando se esta preocupado perde-se tempo tentando, numa espécie de mágica, adivinhar o desenrolar daquilo que não se tem noção.
Pois bem, marcas pra todos os lados, lados para todos os gostos e nesse turbilhão de tantas coisas a serem feitas, nem percebe-se a manipulação na qual se vive. Tudo é pago e, diga-se de passagem, caro até pra quem ganha bem. O que não é o caso de cerca de 95% das pessoas do país. Nesse teatro de marionete, o trabalhador, assalariado, que adora fazer festa sem dinheiro (afinal o brasileiro é um povo que se destaca pelo riso), é quem faz o dono do teatro lucrar e poder realizar seus sonhos. Esses bonecos vivem diariamente fazendo rir ou chorar aquele que paga mais, pois são extremamente profissionais e levam suas atuações muito a sério.
Na verdade o que se vive é uma espécie de angústia mórbida que se engrandece com o frio repentino da noite e o calor contrastante do dia. Não se vê outra alternativa que acalme os ânimos desse atores até que outro Grande Irmão Brasileiro se estabeleça na TV enchendo de felicidade as noites de segunda, quinta e domingo. Há algo de errado e precisa ser mudado. E é URGENTE. As amarras que moldam o movimento do boneco marionete precisam ser desamarradas. É preciso que se faça algo, que se crie algo onde as pessoas possam enxergar-se como plenas, íntegras e verdadeiras. Resolvida essa incapacidade de se notar como sábio, o boneco poderá voltar a comer o que quer, da maneira certa, poderá tomar seus banhos sem pré ocupar-se em apertar o salário para poder pagar a conta de energia e sem a angústia de descobrir um jeito de pagar suas contas. Esse boneco, agora indivíduo pensante, livre das amarras que os emolduravam em quadros de insatisfação pessoal e não realização profissional, poderá caminhar feliz e falar para todo mundo como é bom estar nos 5% da população que pode realizar seus sonhos. 
É doída a verdade, mas já criaram algo que pode mudar a realidade de todos esses bonecos que se vê por aí. E se você se viu agora como um boneco executor de comandos “imperceptíveis”, preste atenção: uma ferramenta de glamour que chegou ao Brasil nas barcas de Cabral e foi logo assustando os nativos pode mudar sua realidade. É a mais pura verdade. Questione-se: mas como assim, uma ferramenta dessas disponíveis há tanto tempo e eu não conhecia...?  Você sempre a conheceu, só não sabia usá-la. Essa coisa prateada, convencionou-se chamar de espelho, uma superfície polida que reflete uma determinada imagem. Isso mesmo. Um espelho é capaz de mostrar a você tudo o que você precisa saber. Ele vai lhe mostrar o que você é. Nada a mais nem a menos. Só você.
Entenda que ninguém pode mudar você se essa vontade não partir de dentro. Pare para fazer contas, contabilize quantos anos de apresentações repetitivas amarrados ao insucesso terá que passar para um dia ser deixado de lado, sem utilidade, aposentado? Isso Nunca Será Suficiente para sua alma que clama por realizações as quais ela nunca viveu. Você merece muito mais do que você é agora. Portanto, ‘plante seu jardim e decore sua alma, ao invés de esperar que alguém lhe traga flores’. Erga a cabeça, dê um passo à frente e busque realizar todos os seus sonhos.

domingo, 13 de março de 2011

Verdade?

Minha cabeça não é uma fábrica de chocolate, mas vou falar. Falar que as vezes não compreendo o que vivo. A verdade é tão relativa, já percebeu? O que é certo ou errado, verdade ou mentira varia de pessoa para pessoa. Há quem concorde que a verdade não existe. O que existe é a argumentação que mais convence. Complexo? Imagine você: Conseguiria eu, você ou quem quer que seja definir o que são regras sociais? O porquê precisamos viver todos os dias as mesmas coisas dessa maneira?Esses questionamentos servem para que você entenda onde quero chegar. Vivemos culpando o outro, nos isentando de erros e apontando o próximo numa loucura sem fim dizendo sempre que a culpa é do sistema. Bom, até onde eu sei, sistema é o nome dado ao organismo que hoje parece ter vida própria que costumeiramente chamamos de sociedade. Quem nunca sentiu-se impotente em determinada situação, preferiu acomodar-se e acusou a sociedade de andar com os próprios pés? É praxe: ou se enquadra ou a sociedade o exclui. Mas espera aí, talvez eu não tenha entendido. O erro é de uma sociedade capitalista, cruel, que humilha, massacra e mata cada dia mais, cada vez mais rápido aquele que não se enquadra. Até ai tudo bem! Mas aqui pergunto: quem forma a sociedade, sociedade? Não se trata de acontecimentos atemporais e sem sentido, tudo o que fazemos, ou deixamos de fazer implicam em acontecimentos futuros de proporções desconhecidas. É simples, se você parar para pensar que suas ações fazem diferença fica mais simples compreender certas coisas e melhorar algumas outras que fazem diferença. Passei muito tempo sem escrever, recorro as palavras para expressar minha pesar em ver cada vez mais próximo o fim de uma sociedade que "se forma sozinha", sem a minha ajuda, sem a sua ajuda, sem a ajuda de ninguém... Que estranho... E você, em sua verdade que pode ou não ser a minha, o que pensa?

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Outono é sempre igual: Papos na internet

Outono é sempre igual: Papos na internet: "'Deixa eu falar, ainda vai ficar por ai navegando? Preciso fechar os olhos por alguns instantes... Queria ver alguem em meus sonhos... E pod..."

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Liberdade




Ai miserável de mim e infeliz!
Apurar, ó céus, pretendo,
já que me tratais assim,
que delito cometi
contra vós outros, nascendo;
que, se nasci, já entendo
qual delito hei cometido:
bastante causa há servido
vossa justiça e rigor,
pois que o delito maior
do homem é ter nascido.

E só quisera saber,
para apurar males meus
deixando de parte, ó céus,
o delito de nascer,
em que vos pude ofender
por me castigardes mais?
Não nasceram os demais?
Pois se eles também nasceram,
que privilégios tiveram
como eu não gozei jamais?


Nasce a ave, e com as graças
que lhe dão beleza suma,
apenas é flor de pluma,
ou ramalhete com asas,
quando as etéreas plagas
corta com velocidade,
negando-se à piedade
do ninho que deixa em calma:
só eu, que tenho mais alma,
tenho menos liberdade?


Nasce a fera, e com a pele
que desenham manchas belas,
apenas signo é de estrelas
graças ao douto pincel,
quando atrevida e cruel,
a humana necessidade
lhe ensina a ter crueldade,
monstro de seu labirinto:
só eu, com melhor instinto,
tenho menos liberdade?


Nasce o peixe, e não respira,
aborto de ovas e lamas,
e apenas baixel de escamas
por sobre as ondas se mira,
quando a toda a parte gira,
num medir da imensidade
co'a tanta capacidade
que lhe dá o centro frio:
só eu, com mais alvedrio,
tenho menos liberdade?


Nasce o arroio, uma cobra
que entre as flores se desata,
e apenas, serpe de prata,
por entre as flores se desdobra,
já, cantor, celebra a obra
da natura em piedade
que lhe dá a majestade
do campo aberto à descida:
só eu que tenho mais vida,
tenho menos liberdade?


Em chegando a esta paixão
um vulcão, um Etna feito,
quisera arrancar do peito
pedaços do coração.
Que lei, justiça, ou razão,
nega aos homens - ó céu grave!
privilégio tão suave,
exceção tão principal,
que Deus a deu a um cristal,
ao peixe, à fera, e a uma ave?

MONÓLOGO DE SEGISMUNDO
(LA VIDA ES SUEÑO, Ato I, Cena I)


DAN STULBACH
(TEMPOS DE PAZ®)

domingo, 12 de setembro de 2010

Vontade


Vontade!
"Faculdade comum ao homem e aos outros animais pela qual o espírito se inclina a uma ação."
Bonito isso, não?!
Essa é uma definição de um dicionário online.
(Assim como a maioria das coisas hoje em dia!)

Mas assim, vontade em dias de hoje, é o que nos move.
Já percebeu?!
É tão complicado...
Vivemos um dia após o outro e se,  não houver em nós, algo que nos determine, é bem complicado seguir em frente.
Pressões a parte, precisamos ter vontade.

E o que eu mais sinto vontade é de estar perto...
De sentir o que puder...
Conhecer o que há por vir...
Conversar...
Jogar fora palavras que não são minhas....
Dizer o que aprendi...
Entender o que se sabe.
Olhar...

Pessoas assim são raras hoje em dia.
São únicas!
E unicamente por isso, me mantenho aqui....
Ouvindo....
Olhando e aprendendo o que a vontade me deixar descobrir...

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